1. |
|
|||
O modo como enterramos os mortos revela como lidamos com os vivos.
|
||||
2. |
Grifos Motorizados
08:00
|
|
||
amor celado no céu. em sonhos que perseguem
o fim,
em roxo azul e vermelho, ambas as cores de mim
nas nuvens vejo a ira de um horizonte destinado a sumir
uma cabeça direita e outra na esquerda , dentre elas habita a clareza
aí vem a chuva
em mim
a lua devorada
e as palavras do fim
lembre de mim
o sentido permanece em si mesmo
não há mais palavras que nunca foram ditas
o tempo nunca começou
imaculada, a criação caminha.
sonhos que perseguem o fim,
esperando na próxima esquina
montados em grifos motorizados
o teto do céu está selado
aí vem a chuva
em mim
o sol devorado
e as palavras do fim
lembre de mim
a vida contra a erosão
como uma pedra contra a maré
como seu rosto próximo a mim
em um inverno de memórias
como o oceano deita a lua
libertem as feras
no silêncio depois da guerra
e nas palavras das pedras
eu vejo o fim
lembre de mim
eu sou o fim
seja por mim
|
||||
3. |
|
|||
Briza que rasga o horizonte
eu não sou aquela várzea vazante
eu sou a lua na rua queimante
que reflete nos seus lábios palavras secantes
e você percebe que no fim,
você é o seu próprio leito.
o que eu sou eu já mais não sou
e você não sabe para onde vou
Amor que vem delicado e cortante
rasga o vento no silêncio atuante
Vou cantar para árvores gritantes
do fel e o mel o seu seio é inconstante
O sol toca cada fio incerto,
não há nada que eu possa esperar
não vejo o errado e nem mais o certo
E o que era distante agora é perto
Terras perdidas dentre mim e você
Reinos dourados de o que não pode ser
De fel e mel os homens são amargos
E o que me resta é o meu silêncio fátuo
Flamejando vermelho, como rios de sangue
sítio arqueológico de meu instante
A primavera floresce, mas eu sou o inverno
Não vejo o errado, e nem mais o certo
e você percebe que no fim,
você é o seu próprio leito.
o que eu sou eu já mais não sou
e você não sabe para onde vou
|
||||
4. |
Drakkar Urbano
04:17
|
|
||
Avante
A ânsia da alma
na cólera do ventre,
liberdade que clama
no caos poente
Desbrave as ruas
e navegue os asfaltos
Além do concreto
no anoitecer calado
o Medo sela a ordem, soberania e nação
Levante as espadas do coração
Crianças e bárbaros, anjos e selvagens
todos reunidos para a próxima pilhagem
Um cuspe de glória acerta a cidade,
nunca é cedo mas sempre é tarde
|
||||
5. |
Um Olho
06:00
|
|
||
Um olho na mão e três visões
tríade em nove distinções
dois sempre são, memória e visão
sopro de fúria na dança da intenção
cantos que encarnam inspiração
como uivos das entranhas da criação
o ódio que fermenta em si mesmo
cruzes que nos dividem adentro
o homem é seu próprio tormento sacro
no crepúsculo tomado
os quatro cantos do céu romperão
e os rios se alagarão
sete dias sempre são
oroboros que gira em três serpentes
dos deuses o homem tem sede
presente, futuro e passado
o tempo é um elástico
na espera do disco alado
os elementos o guiarão
ar,fogo, terra e água cairão
- oito dias se repetirão
- nove visões sempre o são
Dez é o cifrão de um deus
que de seu sangue se embriagarão
um olho na mão e nove visões.
|
||||
6. |
Nós e o céu vermelho
06:11
|
|
||
Montanhas solitárias ao toque do vento
A vida é imaginação pura e desgovernada
Errantes nas dunas do arder
Solidão de saber
Incondicional é o desconhecido
Sabedoria que não se conheçe
Peregrinos calados tomarão o entardecer
Eterna íris negra que tudo vê
Nós e o céu vermelho.
Halos atados no véu poente
o sol descança em seus braços quentes
6 sóis e 6 noites a frente
Oásis de mentiras quando está com sede
Desertos de mentiras quando está com fome
Manto da febre de existir
Rio que não permeia tem a insistir
nós e o céu vermelho
|
||||
7. |
|
|||
Mortal come mortal come,
this should be the place where you belong
mountains comes mountains go
all this weakness to make you strong
how alone how alone
love comes and loves goes
to dreams comes and dreams go
to the flames still return
he burst his wings on the sun
for the promise one
she never comes she never comes
to his flame never returns
his head fall on his knees
to learn humility
a sword in his head
like her hands in his chest
no one must come
for your flames return
men comes and men go
to a place where no one knows
slow words and slow road
what have you been told?
how alone how alone
love comes and love goes
to dream comes and dreams go
for the promise one
no one comes no one comes
to his flame still returns
no one comes no one comes
for the flame still returns
mountain come mountain come,
should be the place where you belong
mountains comes mountains go
all this weakness to make you strong
|
BarcaFuneral Campinas, Brazil
"The way we burry our dead, reveals how we care about the livings."
This is one-man-army Brazilian homemaded project by Vinicius Rodrigues Fernandes.
Streaming and Download help
BarcaFuneral recommends:
If you like As palavras das pedras, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp